sexta-feira, 6 de abril de 2012

Zilvinas Kempinas - Galeria Leme


Dispersão, unidade. Mandalas feitas à mão que lembram mais a linguagem visual da computação. Matematicamente e minuciosamente confeccionados. A vontade é de compará-los, olhar e olhar repetidamente um a um. As mandalas dialogam com a circunferência do ventilador.
Não vale a pena aqui adotar um olhar científico para tentar entender como é a mecânica que faz duas rodelas de fita magnética flutuarem em 'Double O'. Deixe a sensação tomar conta. duas forças que se batem de frente. O ponto de encontro é caótico e resulta num movimento aleatório. Ainda assim, a tendência é a circunferência. 'Double O' dá movimento e maleabilidade à exposição, e é um contraponto à exatidão e sutileza das mandalas.
Infelizmente a exposição do lituano Zilvinas Kempinas acabou no dia 31 de março. E infelizmente, também, foi na Galeria Leme, que apesar de ter um espaço expositivo fantástico, projetado pelo Paulo Mendes da Rocha, com luz natural vinda do teto e tudo mais, parece um tanto quanto fechada para visitantes. Dá a impressão de que passa o dia de portas fechadas, só abrindo quando chega alguém para visitar. Ainda assim, há um funcionário que te assiste ver a exposição, tirando a sua possibilidade de ficar à vontade. É verdade que pára alguns isso pode ser uma abertura, pois há sempre alguém disponível para você conversar sobre a exposição. Mas, para os mais tímidos, isso passa a ser um elemento inibidor.

imagem retirada de http://galerialeme.com/expo/zilvinas-kempinas-3/