Um labirinto espelhado e transparente à la Dan Graham, só
que mais simples (e nem por isso menos interessante). A mimese da parede com o
chão transparente. Confusão. O que eu vejo está em frente ou atrás de mim? Será
que vou trombar com alguém no caminho?
O tipo de obra que não só dialoga como também é arquitetura,
e que só se realiza enquanto tal quando há alguém ali para vivenciá-la já está
virando um clássico dos nossos tempos. Ainda bem!
O SESC
Belenzinho é um ambiente propício para o despertar da curiosidade. Discreto,
frente ao tamanho do átrio do edifício, o trabalho exige que haja uma tomada de
iniciativa para investigá-lo. O próprio piso de vido que deixa ver a piscina do
andar inferior já seria motivo suficiente para investigação. Com o labirinto de
Carlos Fajado, o motivo é maior ainda. No meio da estrutura metálica, há
espelho, vidro ou passagem? Vá e descubra.