Foto por Marina Frúgoli
Thiago Carneiro de Cunha, de forma distinta, também insere a dimensão do tempo em suas esculturas. Por conterem velas constantemente acesas e frutas perecíveis, sabe-se que, em questão de dias, a obra já não estará igual a o que é hoje; as velas derretem, os alimentos se deterioram.
A presença do tempo que promove a lenta modificação das esculturas está implícita, tanto que não é preciso ver as tais mudanças para acreditarmos nela, não é necessário voltar outro dia para confer se de fato a escultura está diferente: sabemos que estará.
É interessante notar a velocidade destas mudanças, que, de tão devagar, não são visíveis durante uma visita. Não sei se é possível falar em esculturas cinéticas, dada a sua distinta escala de tempo, que, por sinal, combina com as figuras zen ali representadas, cheias de expressividade e simbologia.
A exposição está na Galeria Fortes Vilaça e fica até o dia 27.10.2012
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