Será possível ser ao mesmo tempo a maior exposição de artes
do Brasil (talvez da América Latina) e ser sutil? A trigésima Bienal prova que
sim.
Sem artistas-celebridade ou obras chamativas pelo seu
tamanho ou por tratar de temas polêmicos (dos quais a 29ª bienal estava
repleta), o minimalismo reina. Sutileza após sutileza, o visitante deve ser
curioso e estar aberto à investigação, pois poucas obras gritam para chamar a
atenção
Foi corajoso o curador Luiz Péres-Oramas, por fugir do espetáculo sem
perder a grandiosidade, que é inerente à mostra. Também por não ter um tema fechado,
pois aí cabe ao visitante identificar a linguagem ou a temática comum entre as
obras que, ainda que eu não consiga verbalizar, está bem claro na minha cabeça
que ela existe. Aliás, é imensurável o quanto sou agradecida por serem pequenas
e praticamente invisíveis as placas indicativas com titulo e ficha técnica das
obras. O que tem que chamar atenção é a obra, o resto é detalhe. É uma bienal propositiva, e não explicativa. Grandiosidade minimalista. Isso
dá no que pensar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário