Ir na contramão do que esperam de você faz com que alguém
seja mais artista? A relação ‘fazer para incomodar’ versus ‘aceitação do público’, as vezes apenas pelo fator beleza ou virtuosismo, tem solução? Porque se, de fato, a obra incomodar, pode ser que simplesmente
não seja apropriado pelo mercado ou pelo sistema institucional de fomento à
arte. E aí como sobrevive o artista? Ele levará a cabo as suas ideias até as
ultimas consequências?
Alguns levam, e outros tantos vivem nesse dualismo de estar
inserido e ao mesmo tempo criticar o sistema da arte, as vezes de uma forma um
tanto quanto conturbada. Mas isso é ser artista: mover-se contra a inércia da
vida, sair do estado de estagnação e conformismo. Ou será que essa é apenas uma
ideia romantizada a respeito do mundo com a qual venho tentando me enganar?
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